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EQV2 O equívoco da Teoria da Sedução

O equívoco da Teoria da Sedução

Por  Indira Bolsoni Pinheiro

No início dos seus trabalhos com a histeria, Freud se utilizava do método hipnótico de Charcot e do método catártico de Breuer, que trazia as memórias que ficavam reprimidas e que causavam os sintomas físicos nas pessoas histéricas. Para esses estudiosos, na época, as lembranças trazidas pelas pacientes, pois a grande maioria dos experimentos foi feito com mulheres do Hospital Salpetriere, eram a reprodução exata do que havia acontecido em suas vidas.

Quando a memória dos acontecimentos que causavam o sofrimento das pacientes vinha à tona, pelo efeito catártico e sugestivo da hipnose, eles entendiam que o tratamento teria alcançado sua finalidade. No entanto, com o tempo, foi se percebendo que o sintoma causado pela memória reprimida apenas mudava de forma, não havia cura de fato.

Freud utilizava-se de outro método para, segundo ele, trazer à tona a verdade da paciente, que era a pressão do dedo na testa. Dizem que o pai da psicanálise não era muito hábil para hipnotizar pacientes, por isso se valeu de outro método que, no seu entendimento, tinha o mesmo efeito, que era o de reproduzir por meio da fala os acontecimentos difíceis e sofridos da vida da paciente, que foram a causa do surgimento dos sintomas físicos, o que na época se denominava Histeria.

Após vários relatos de pacientes Freud começou a perceber que todos os eventos e acontecimentos estavam relacionados com a sexualidade em um período muito significativo na vida das pessoas, a infância, que ele entendia que ia até os 8 anos, aproximadamente. Ou seja, antes da puberdade. Assim, Freud entendeu que havia em todos os casos os seguintes componentes: sexualidade, infância e sedução por um adulto. Para ele, estes acontecimentos traumáticos da infância passavam por um período de incubação e apenas após a puberdade é que vinham à tona na forma de vários sintomas emocionais ou físicos, como vergonha, culpa, sofrimento, dores abdominais, dentre tantos outros descritos por suas pacientes.

O que Freud ainda não tinha percebido, na época em que desenvolveu a Teoria da Sedução, é que o que as pacientes traziam à tona não era necessariamente a verdade. As experiências sexuais confessadas na clínica eram, muitas vezes, se não na maioria delas, fruto da fantasia das pacientes que ocorria na primeira infância. O fato de Freud ter se baseado no método hipnótico, onde se acreditava trazer as memórias de acontecimentos como haviam realmente ocorrido, pode ter contribuído para o equívoco, pois não se sabia, ainda, que as memórias poderiam ser apenas a fantasia de uma criança e não um abuso sexual contra ela praticado.

Outra questão relevante é que os adultos das relações são sempre pessoas próximas que possuem algum tipo de afeto ou afeição pela criança, o que tornaria tudo ainda mais confuso e até mesmo abjeto, caso todos os relatos fossem apenas a reprodução dos acontecimentos, exatamente como ocorreram.

Mais adiante Freud percebe o equívoco cometido, pois afirma que na época do texto que escreveu sobre a Teoria da Sedução ainda não sabia distinguir entre realidade e fantasia. Ou seja, não sabia, até então, que as pacientes poderiam fazer relatos a respeito de acontecimentos na infância, envolvendo sexualidade, que teriam ocorrido tão somente na imaginação delas. A partir daí se desenvolve a noção, que deve ter sido perturbadora e polêmica para a sociedade da época, de que a criança tem sexualidade e sente prazer. Até então as crianças eram vistas como anjos assexuados, pois não poderiam saber o que é sexualidade se não tinham maturidade psíquica e experiência para entenderem do que se tratava. Com a continuidade dos estudos sobre sexualidade na infância, Freud chega a um dos conceitos mais conhecidos da psicanálise que é o Complexo de Édipo.

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