Sempre acreditamos que entendemos o que um colega diz em um congresso de psicanálise quando escreve ou diz palavras como “inconsciente”, “psicanálise”, “tratamento”, como se fossem palavras que não demandassem um esclarecimento tanto para quem as emite quando para quem as recebem. Em termos conceituais, o “inconsciente freudiano”, é o mesmo trabalhado por M. Klein e Bion? E o que dizer da apreensão entre nós analistas de hoje, desses conceitos? O que queremos dizer quando dizemos “inconsciente”?
Quando pensamos no Mito de Babel, temos pelo menos dois vértices de aproximação muito interessantes a de vários nomes para um mesmo fenômeno e, ao mesmo tempo, a de um mesmo nome para fenômenos distintos. As consequências são várias: a) a ilusão de que nos comunicamos, b) a proliferação de “novas psicopatologias”, “novas teorias”, “novos sofrimentos”, c) o desgaste de palavras como “inconsciente” até que elas percam o seu valor descritivo e d) o impedimento real de novos desenvolvimentos na psicanálise, entre outros.
O objetivo desse colóquio foi, utilizando o Mito de Babel como modelo, colocar o tema da comunicação tanto entre nós analistas como individualmente, em primeiro plano e pensar em formas de superação dessas dificuldades.
Data/horário: 17/09 - das 09h às 12h (sábado - horário de Brasília) - Gratuito
Convidado: Leandro Stitzman – Psicanalista, membro convidado do Instituto Ékatus e membro da Associação Psicanalítica da Colômbia. Autor dos livros “Framework: un ensayo psicoanalítico” e “Entrelazamiento: un ensayo psicoanalítico”.
Coordenação: Grupo Ateliê de Ideias - Maria Foster, Dulce Scalzilli, Fernanda Hisaba, Juliana Rocha, Sueli Matsuki e Tatiana Costa.
Evento online, gratuito e realizado por videoconferência - necessária inscrição prévia - número de vagas limitadas. Informamos que a EPP não emite certificados de participação para eventos gratuitos.