“Olho o ovo na cozinha com atenção superficial para não quebrá-lo. Tomo o maior cuidado de não entendê-lo. Sendo impossível entendê-lo, sei que se eu o entender é porque estou errando. Entender é a prova do erro. Entender o ovo não é um modo de vê-lo.” (o ovo e a galinha – in Felicidade Clandestina, ed. Rocco, pág 46)
Aconteceu!
Imaginem se Freud frequentasse uma supervisão... e se fosse com Bion? Imagine esse encontro de “Titãs”. Freud traz um sonho, um relato de uma fantasia da vida de um suposto paciente. “Lá está o segredo”, pensa. Bion ouve, atento à turbulência emocional que toma conta do setting. “Qual seu cheiro, qual sua cor, qual sua textura?”
Neste encontro trouxemos dois convidados: Ale Esclapes, psicanalista e diretor da EPP-Escola Paulista de Psicanálise e Fabíola Rodrigues, psicanalista e escritora. A dupla apresentou e discutiu uma visão pessoal e o ponto de vista de intersecção entre os dois na discussão do filme “A filha perdida”, que é uma adaptação do livro homônimo de Elena Ferrante e indicado ao Oscar em 2022.
Seguindo a proposta de pensar o tripé analítico desenhado por Freud, a Escola Paulista de Psicanálise convidou o psicanalista Renato Trachtenberg para coordenar uma reflexão sobre a análise pessoal na formação do analista.
O objetivo desse encontro foi conhecer a matemática, lógica do nonsense e questões psicanalíticas que o Alice e a biografia Lewis Carroll despertam. Segundo o escritor, esse seu trabalho foi concebido para ensinar, de forma divertida, uma disciplina que julgava bastante importante: a lógica. “Eu reivindico, para a lógica simbólica, um lugar muito alto para as recreações que têm a natureza de jogos e quebra-cabeças”. Os livros de Lewis Carroll, sobretudo os da Alice, têm despertado curiosidade ao longo dos anos.
Essa Live tem o objetivo de propor uma reflexão que possibilite alguns esclarecimentos a respeito do tema do suicídio a partir da psicanálise como método de exploração do insconsciente.
No lançamento do livro “Framework – um ensayo psicoanalitico”teremos a oportunidade de nos aproximar dessa obra extraordinária com Leandro Stiztman. O evento será dividido em duas partes: inicialmente com à interlocucao de Ale Esclapes (Brasil), Hilda Botero (Colômbia) e Maria Foster (Brasil) e depois todos poderemos conversar com o autor. Convidamos a todos para o lançamento e ao final fazermos um brinde a esse momento especial.
A supervisão é um dos suportes do tripé da formação do psicanalista. Em que ela consiste? Quem ou o que está sob supervisão? Qual sua função? O tema da supervisão já foi campo de batalha entre kleinianos e freudianos em plena segunda guerra mundial, e hoje se trata esse tema como se fosse um lugar comum.
O que é interpretação e o que faz o analista quando interpreta? Como o analista sabe quando interpreta? O que faz o analista quando não interpreta? São questões cruciais que se de um lado levantaram discussões entre grandes mestres da psicanálise (Freud, Klein, Bion), hoje parece que se tem um consenso sobre o tema.
Essa X Jornada se propõe a pensar expansões da técnica psicanalítica e novos desafios para a clínica psicanalítica a partir dos conceitos de Estética e Poética em Clarice Lispector.
Assim como nas jornadas anteriores, faremos "oficinas técnicas", que não visam apresentações de trabalhos, mas um "working in progress" de uma psicanálise instrumental.